domingo, julho 30, 2006
quarta-feira, julho 26, 2006
Negócio

Andava intrigado com o motivo que, de repente, levou toda a Comunicação Social a descobrir a radiação solar, com os jornais, rádios e televisões a debitaram índices e alertas de segurança a um ritmo impressionante. Mas hoje fez-se luz, e não sol… Afinal, é tudo uma questão comercial. Não é que o mercado dos biquinis e afins anda a ser invadido por peças com medidores de raios ultravioleta incorporados?
sexta-feira, julho 21, 2006
Morto com defeito


E pronto! Aí está mais um livro do “menino lindinho”, como ele gosta de chamar a alguns.
Não é mais um, é uma renovada aposta na literatura, na ficção. E de previsível interrogação permanente sobre este mundo que nos rodeia.
Jorge Marmelo apresentou, ontem à noite, o romance. No D. Tonho, pois claro.
A ele voltarei mais tarde.
quinta-feira, julho 20, 2006
segunda-feira, julho 17, 2006
Gostava de perceber...
... o motivo que levou, em 2006, toda a Comunicação Social a descobrir a radiação solar!
Quando se trata de Israel

Francisco José Viegas, recentemente galardoado com o Grande Prémio do Romance e Novela de 2006, atribuído pela Associação Portuguesa de Escritores, pelo romance "Longe de Manaus", director da Casa Fernando Pessoa, reputado autor do blogue Aviz e, mais tarde, A Origem das Espécies, escreve no JN de hoje um texto de opinião execrável. Sem valor intelectual, puro sectarismo político. Assim sendo resolvi parodiá-lo. Sem ofensa, mas com capacidade crítica suficiente para o senhor deixar de pensar tanto no seu próprio umbigo. É feio, digo eu.
Quando se trata de Médio Oriente, ou seja, quando se trata de defender Israel, a tarefa está facilitada em larga escala. Um contingente de meninas idiotas e genericamente ignorantes, muitas das quais assina peças de “internacional nas nossas televisões, rádios, jornais e revistas, não se tem cansado de falar na “agressão terrorista” e apenas por pudor, acredito, não tem valorizado os “heróis judeus”. Infelizmente, nem a soberba paga imposto nem o seu atrevimento é punido.
Isolados desde 1947, quando as Nações Unidas decidiram pela criação de dois estados na região (um israelita, outro árabe), os árabes não enfrentam apenas a provocação deliberada e sistemática de Israel. Essa arrogância tem sido permanente e é ela a razão de não existir na região um estado palestiniano livre e democrático - não o quis, primeiro, Israel, que atraiu os estados árabes da região a uma invasão tida como epidérmica; quiseram-no, sempre, os estados que tutelaram os actuais territórios da Faixa de Gaza e da Cisjordânia; quiseram, sempre, todo o conjunto de organizações nascidas à sombra da OLP e da figura tutelar de Yasser Arafat, a quem cabem historicamente responsabilidades directas na construção de um estado palestiniano.
Quando se trata de Médio Oriente, ou seja, quando se trata de defender Israel, a tarefa está facilitada - os caminhos abrem-se para o lugar-comum, como se vê pelas declarações, tiradas a papel químico, de Bush e de Merkel, esses dois superlativos génios da política externa interna. Não passou pelas suas cabeças, uma única vez, pedir responsabilidades a Israel pelos motivos que levaram a esta reacção do Hezbollah. Para ambos é, pois, normal que o Estado de Israel possa alimentar uma paranóia securitária, que actua em guerra permanente com o mundo árabe; é também normal que um estado da região, Israel, possa decidir, unilateralmente, e sempre militarmente, as suas fronteiras, com a cobertura dos omnipresentes Estados Unidos da América, visando a atacar estados soberanos - que, além do mais, tiveram processos livres e democráticos fortemente apoiados pela comunidade internacional, Estados Unidos incluídos; e é para eles normal que Israel, além de abastecer organizações militares terroristas ultra-secretras, ou não, se regozijem abertamente com a matança consciente e deliberada de civis e das suas infra-estruturas.
A preocupação destes diplomatas da recessão é, fundamentalmente, com a "reacção o mundo árabe"; em seu entender, a reacção ideal do mundo árabe seria o silêncio total; Líbano, Síria e Irão deveriam conformar-se com o seu destino e permanecer como o suposto albergue de todo o terrorismo da região, pacientemente alimentado, aliás, pelos europeus e norte-mericanos que continuam a manifestar "ampla compreensão" pela atitude da causa judaica e pelos que disparam bombas de fósforo e de vácuo sobre aldeias no Sul do Líbano ou prédios em Beirute; Líbano, Síria, Irão e Egipto deveriam, pura e simplesmente, acatar.
Evidentemente que nenhum desses cavalheiros pensou pedir a Olmert, vencedor nas eleições em Israel com um plano de paz, eventuais responsabilidades na escalada de violência na região. É para eles natural que o Governo de Olmert não reconheça o estado da Palestina e esteja a alimentar, com toda a clareza, as acções militares que continuam, naquele folclore infantil de danças fanáticas e gritos no muro de Jerusalém, a pedir a eliminação dos estados árabes e a vinda de “dinheirinho americano” para destruir o direito à independência do povo palestiniano. Esse folclore imbecil, sim, talvez os devesse preocupar, ele é também pago com contribuições da União Europeia, dos Estados Unidos e do seu politicamente correcto.
sábado, julho 15, 2006
Uma ignomínia!, é o que é

As guerras, sejam lá onde forem, nunca são anónimas, têm rosto e respondem, quase sempre, sempre?, perante desígnios que nunca são inteligíveis por todos. A ofensiva de Israel no Líbano, depois do empenhadíssimo apoio da comunidade internacional (União Europeia e Estados Unidos incluídos) num processo livre de transição e de escolha democrática unanimemente reconhecido como tal, é a mais cabal demonstração de que a guerra tem um nome. Uma ignomínia!, é o que é.