Viagem pelas ruas da amargura

"As viagens devem ser um instrumento à procura do fantástico,nunca o suporte de uma devoção complacente" - Baptista-Bastos

sexta-feira, julho 27, 2007

No final de uma conferência

"Enquanto houver revolução por refazer não é tempo de dormir".

Marcelino dos Santos, histórico da Frelimo, no Porto, a 26 de Julho de 2007

quarta-feira, julho 25, 2007

Para o Gustavo ouvir

"Bat out of hell", de Meat Loaf

Concentração total, são apenas oito minutos do dia.

Volume no máximo, apesar da qualidade sonora não ser do melhor.

Aqui fica um som bem antigo para ouvidos novos e atentos: um música rock simples, rasgada, emotiva e com muita, muita adrenalina à mistura…


segunda-feira, julho 16, 2007

Decálogo para falar mal de Hugo Chávez


Não conhecia o blogue de Emir Sader, mas hoje fiquei cliente. Misturar verdade com humor não é fácil, mesmo quando as doses só são utilizadas pela metade...


Lembrete pendurado na frente de jornalistas da mídia oligárquica:

1. Devo falar mal de Hugo Chávez porque ele recupera o papel do Estado, desqualificado e enterrado por nós há tempos.

2. Devo falar mal de Hugo Chávez porque ele se diz anti-imperialista e esse é um tema proibido na mídia há tempos.

3. Devo falar mal de Hugo Chávez porque ele funda um novo partido, quando martelamos todos os dias que todos os partidos são iguais, que são negativos, que sempre refletem interesses de grupinhos.

4. Devo falar mal de Hugo Chávez porque ele recupera o papel da política, quando todo o trabalho cotidiano da mídia é para dizer que a política é irrecuperável, que só a economia vale a pena.

5. Devo falar mal de Hugo Chávez porque ele vende petróleo subsidiado aos países que não podem pagar o preço do mercado - inclusive a pobres dos Estados Unidos -, o que evidentemente fere as leis do mercado, pelo qual tanto zela a midia.

6. Devo falar mal de Hugo Chávez porque ele é um mau exemplo para os militares, que só devem intervir na política quando seja necessário um golpe militar e nunca para defender os interesses de cada nação.

7. Devo falar mal de Hugo Chávez porque ele ataca a mídia privada e fortalece a mídia pública. Porque ele acabou com o analfabetismo na Venezuela, tema sobre oqual devemos calar. Porque ele vai diminuir a jornada de trabalho em 2010 para 6 horas e esse tema é odiado pelos patrões.

8. Devo falar mal de Hugo Chávez porque assim me identifico com os interesses do dono do meio em que trabalho, garanto o emprego, fortaleço os partidos e as empresas aliadas do patrão.

9. Devo falar mal de Hugo Chávez porque ele faz com que se volte a falar do socialismo, depois que nos deu muito trabalho tratar de enterrar esse sistema, inimigo do capitalismo, a que estamos profundamente integrados.

10. Devo falar mal de Hugo Chávez (e de Evo Morales e de Lula e de todos os nao brancos), senão eles vão querer dirigir os países, os jornais, as televisões, as empresas, o mundo. Será o nosso fim.

quinta-feira, julho 12, 2007

Mensagem de Ayman al-Zawahiri

Mensagem de Ayman al-Zawahiri à\ao internauta identificado como utilizador da Telepac com o IP Adress 82.155.147.#, de Macieira de Cambra, Aveiro, que passa os dias neste blogue...



Tradução indisponível

Mulher de coragem...

A senhora da foto, Jane Felix-Browne, de 51 anos, diz que casou no Egipto com Omar bin Laden, de 27 anos, um dos 17 filhos de Osama, depois de o ter conhecido há um ano, numas férias, quando era submetida a um tratamento de esclerose múltipla. Independentemente da diferença de idades, é caso para dizer que Jane é um mulher de coragem...

quarta-feira, julho 11, 2007

A liberdade ameaçada

E quanto os candidatos à Câmara de Lisboa se entretêm, amenamente, com chamar-se, uns aos outros, de mentirosos, velhacos e ignorantes, o nosso querido primeiro-ministro é apupado no estádio da Luz. Neste país parece que ninguém gosta de ninguém, e as interpretações torcidas que, de hábito, se fazem destas manifestações sentimentais tendem a considerá-las como "normais em democracia". Na verdade, elas não são, somente, uma necessidade de ordem psicológica e uma representação da incomodidade geral: afirmam a separação absoluta entre dois países no interior de um só.

A confusão entre Estado e indivíduo, singularidade e colectividade, massa e cidadão é propícia à classe dirigente. Alguns afáveis intelectuais pensaram (creio que ainda pensam, se é que pensam) vogar no rumo certo da História e têm apoiado, com sistemático enternecimento, o "socialismo moderno". Em Portugal, esta misteriosa designação tem, actualmente, um visível paladino, José Sócrates, epígono do socialismo de turíbulo, defendido com doçura pelo inesquecível António Guterres.

Ora, em dois anos de "socialismo moderno" acentuou--se a separação entre nós e eles, entre o espírito da História e uma História sem espírito. Duas linguagens diferentes e incompatíveis, cada vez mais contaminadas pelo ódio e pela indiferença, pelo desdém e pela resignação. O novo Estatuto do Jornalista, caucionado por deputados servis, assinala, uma vez ainda, as características destes "socialistas", cujo elevado défice democrático, intelectual, moral, social e cultural causa-nos as maiores preocupações. Subordinar a livre expressão aos critérios de uma decisão que se sobrepõe aos princípios fundamentais da democracia constitui o mais grave atentado, registado depois de Abril, contra a liberdade de informação. Não se trata de uma questão corporativa: é um problema vital.

Está em causa uma normatividade que pretende coagir os jornalistas ao temor e à reverência, e que tende a relegar a liberdade de Imprensa para a lista dos produtos supérfluos. A Conferência Episcopal protesta, porque descobre, tardiamente, o maniqueísmo de tábua rasa de um Governo absolutamente anti-social. Só agora, Igreja? As legislações que nos têm regido (Constituição, Código Penal, Lei de Imprensa) não correspondem a uma visão contemplativa do jornalismo; punem quem prevarica. O Estatuto é um cão-de-guarda.

E o desatino é de tal monta que se chega ao ponto de pedir, encarecidamente, a um Presidente de República, cujo currículo não possui o mais módico vestígio de luta pela liberdade, que vete o Estatuto, cuja natureza agride a expressão do livre pensamento.



"A liberdade ameaçada", texto de opinião assinado por Baptista-Bastos publicado no Diário de Notícias de hoje

A mais sexy


Li algures que Hale Berry foi eleita como "a quarentona mais sexy". Na votação terá batido "personalidades" tão importantes como Pamela Anderson, Maria Bello, Daisy Fuentes, Salma Hayek e Nicole Kidman. Mas se calhar não é só "a quarentona mais sexy"... Não é , certamente, por acaso que vai reencarnar a mítica Barbarella.

sexta-feira, julho 06, 2007

A princesa Mononoke, ou a batida original, a do coração

"Não posso dar livros"

Não o conheço de lado nenhum e desconfio bem que nunca li nada por ele assinado. Chama-se Adriano Brandão, assina “Prof. Doutor Adriano Brandão” e há dois dias que me envia e-mails a convidar para o lançamento de um livro dele, no próximo dia 20, às 18 horas, na Biblioteca Municipal de Arouca.

Nabice minha com as coisas da informática impedem-me de ilustrar estas linhas com a capa do seu livro, que dá pelo profundo título “A problemática da sexualidade humanizada”.

Nas mensagens que me têm chegado há, no entanto, uma simples frase que me cativa e faz sorrir: “Não posso dar livros, mas se cada um comprar um exemplar, fico muito feliz porque tem interesse".