Viagem pelas ruas da amargura

"As viagens devem ser um instrumento à procura do fantástico,nunca o suporte de uma devoção complacente" - Baptista-Bastos

sexta-feira, maio 27, 2005

Onda vai onda vem




Forma-se a onda e depois outra e outra
E enquanto se desfazem outras vêm
O mar é sempre o mesmo e no entanto
Em ondas se divide.
E nelas se une.

O mar somos nós todos
O mundo
Em água condensado.

Onda vai onda vem
A fina areia o mar vai revolvendo.

Desponta ao longe uma restinga.


17 de Outubro de 1977

Antero Abreu, in "Poesia Intermitente" (União dos Escritores Angolanos), 1987

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