Viagem pelas ruas da amargura

"As viagens devem ser um instrumento à procura do fantástico,nunca o suporte de uma devoção complacente" - Baptista-Bastos

quarta-feira, maio 18, 2005

Requiem



Ao lado dos mortos que me chamam de
muito perto,
na clareira do bosque,
deito-me sem querer, sem saber,
e, encostandoo rosto à erva,
digo em voz baixa o meu nome,
a minha morada,
levanto uma palavra, uma prece, uma
lápide,
e parto.

José Agostinho Baptista, in "Anjos caídos" (Assírio & Alvim), 2003.

1 Comentários:

Às 5:03 da tarde , Blogger T. disse...

o josé agostinho baptista é um dos poetas lá de casa. "Agora e na hora da nossa morte" continua a ser uma das minha referências. isso é o facto de ter sido o josé agostinho baptista que me levou a conhecer outro escritor lá de casa, enrique villa-matas.

 

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