RCP - um prémio para quem, por ora, arrisca
Por razões várias, acabei por não escrever, ontem, como pretendia, sobre o Rádio Clube Português (RCP). Mas hoje, nem de propósito!, encontrei um interessante post do João Paulo Menezes já com alguns dias, e dezenas de comentários a preceito.
Até poderia subscrever muito do que por lá está escrito, à excepção daquele exagero óbvio de que o RCP é “concorrência pura” à TSF. É evidente que os conceitos das emissões são diversos, embora o surgimento de uma nova grelha e de uma nova equipa numa rádio de nome quase mítico possam constituir um sinal à atenção dos que trabalham na TSF.
Mas, não. O RCP tem ainda muito para afinar no tal “novo paradigma” das cinco horas de emissão; o João Adelino Faria precisa de reencontrar o seu ritmo; os blocos informativos têm de ganhar ritmo; etc., etc. É verdade. Mas mais chocante do que tudo isso, para mim, enquanto ouvinte distraído, é o modelo seguido nas emissões locais. Na que me chega às colunas do carro é excessiva a agressão aos ouvidos, com jornalistas (serão mesmo jornalistas?) que trocam os bês pelos vês e um autêntico deserto de ideias e de total infantil previsibilidade em matéria de matérias noticiosas.
Aí, sim. O modelo carece de revisão.
Mas o RCP está, para já, a fazer algo de que a TSF se esqueceu e, diga-se, há muito não exercita: arriscar. E só por isso, amanhã, quando me fizer à estrada para e de Lisboa, ouvirei sem interrupções grande parte da emissão.
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