Viagem pelas ruas da amargura

"As viagens devem ser um instrumento à procura do fantástico,nunca o suporte de uma devoção complacente" - Baptista-Bastos

sexta-feira, junho 16, 2006

Soweto


Há exactamente 30 anos, dezenas de crianças sul-africanas foram mortas pela Polícia, na sequência de uma marcha de alunos negros do Soweto contra o sistema de ensino do “apartheid”.
A brutalidade das autoridades, ao matar miúdos de tenra idade à queima-roupa, foi um ponto de viragem que viria a liquidar o próprio sistema. Hector Pieterson, um rapaz de 12 anos morto nos braços de uma colega que fugia à carga policial, tornou-se na face do massacre, numa fotografia que deu volta ao Mundo. Durante um ano, o regime sul-africano liquidou centenas de negros activistas, que integravam um levantamento anti-“apartheid”.
A 6 de Setembro de 1977, Steven Biko, presidente honorário da Convenção dos Negros, foi preso num bloqueio rodoviário organizado pela Polícia. Espancado dias a fio acorrentado à janela de uma penitenciária sofreu um traumatismo craniano. A 11 de Setembro morreu dentro de um carro policial, quando era transportado para outra prisão.
O regime da segregação racial, esse, finou-se de podre, implodiu. Mas convém manter a memória viva, porque a ameaça persiste.

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