Uma greve silenciada
Os jornalistas do JN cumpriram, sexta-feira e sábado passados, uma greve de um dia e uma greve ao trabalho suplementar no feriado Dia de Portugal. “Jornal de Notícias”, “Diário de Notícias” e “Correio da Manhã” publicaram, nas suas edições de sábado, envergonhadas breves de 200 a 300 caracteres sobre a paralisação. O "Público", sempre atento e com uma secção de “Média” sempre muito atenta, ignorou. E a RTP-1 passou uma pequena reportagem no “Jornal da Tarde”. Independentemente das razões que possam, ou não, assistir aos grevistas fica para o futuro o silenciamento da greve, executado (e orquestrado?) pelos seus próprios pares.
Na sexta-feira, os trabalhadores consulares e das missões diplomáticas também estiveram em greve. Aqueles mesmíssimos órgãos de Comunicação Social não silenciaram esta paralisação. E bem.
Entre uma e outra atitudes fica o comportamento menos sério de vários jornalistas e jornais. A quem aproveita este silenciamento?
publicada por Viagem pelas ruas da amargura @ 6:02 da tarde
10 Comentários:
Mais curioso será, apesar de tudo, o caso do Público, que teve um jornalista e um repórter fotográfico a acompanhar a totalidade das três horas de greve cumpridas pelos mesmos jornalistas do JN poucos dias antes, tendo-lhe concedido uma página inteira, abertura de secção.
Segundo a explicação de uma ex-camarada, agora no "Público", alguém, não determinado, se esqueceu da greve do "Jornal de Notícias". Será que devo acreditar no que me dizem? Ou será que alguém providenciou esse esquecimento?
Nem mais. Há esquecimentos que valem ouro ou, até, eventuais lugares de chefia...
Será que está na calha a criação de mais algun lugar de Chefia no JN? Pela omissão dos outros, tudo indica que há candidatos...
Este blog é do Carrilho?
Este blog é do Carrilho?
E por falar no Público. Não foi desse "baluarte do jornalismo de referência" que foram parar ao JN (o tal "porco" que agora é só "leitão") algumas das maiores sumidades do jornalismo contemporâneo como Alfredo Leite, David Pontes, José Queirós, Francisco Marques, Joana Amorim etc.? Terá sido por isso que o "porco" virou "leitão"?
Caro anónimo preocupado com a identificação do autor deste blogue
Não está num blogue de Manuel Maria Carrilho, nem de ninguém da sua família de sangue ou política. Se se der ao trabalho de ler algumas coisas que por aqui vou deixando depressa concluirá que o autor deste blogue é natural de Angola, jornalista do JN, vive em Rio Tinto e não comunga da pretensa ideia de que somos todos muito felizes.
A personagem não me é simpática, mas ouço-a com a atenção que me merece o melhor ministro da Cultura que Portugal já teve. Comete (cometeu e, tudo o indica, cometerá) muitos erros no seu trajecto, autênticas punhaladas que devem constar de um qualquer á-bê-cê do que um político não deve fazer, mas ouço-o. O que não significa sequer que concorde muitas vezes com o que diz.
Quanto ao que ele diz das "bruxas", só posso dizer-lhe uma coisa: o Carrilho tem razão, e já agora "nuestros hermanos" também...
Bolas, se o Carilho tem razão, o mundo tá perdido mesmo!!! Olhe um abraço e fique bem
Vá lá, aqui não vale difamar ou insultar pessoas.
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