Viagem pelas ruas da amargura

"As viagens devem ser um instrumento à procura do fantástico,nunca o suporte de uma devoção complacente" - Baptista-Bastos

quarta-feira, março 01, 2006

#48 D.C.

Não tenho medo do escuro, das noites de trovoada, dos ruídos estranhos do prédio que nos entram pelos ouvidos precisamente quando mais depressa queremos adormecer, nem do galo que, vá lá eu entender porquê, cacareja toda a santa noite.

Também lido bem com o silêncio do campo, onde os pássaros, as vacas e os cães se fazem ouvir como em nenhum outro sítio. E não me causa estranheza ouvir um qualquer bicho da madeira a roer o sobrado com inteira satisfação.

Mas hoje descobri uma coisa que me perturba: ficar trancado num ascensor. Não chega para entrar em pânico, sentir o coração disparar à solta, nada do género, mas aquelas caixas de metal que, obedientes, nos levam para cima e para baixo, só têm mesmo graça quando param no andar desejado. Tudo o resto é incómodo, mesmo sabendo que aquilo não cai e que, mais tarde ou mais cedo, há-de aparecer um vizinho misericordioso que chama a assistência técnica.

1 Comentários:

Às 4:54 da tarde , Blogger folhasdemim disse...

já tive 2 ou 3 sessões claustrofóbicas em elevadores... aindam hoje me assustam :)
beijos, betty

 

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